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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Africa e seus habitantes

Para alunos do 1 ano na disciplina de AVC- Aspectos da vida cidadã

Introdução
Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.
O povo Bérbere
Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc. 
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.
Os bantos
Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente. 
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Os soninkés e o Império de Gana

Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes).  A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.

Etnias
Existem vários grupos étnicos na África. Cerca de 80% da população é formada por diferentes povos negros, que ocupam, principalmente, as regiões central e sul do continente (ao sul do deserto do Saara). Esta região é conhecida como “África Negra”. Os principais grupos étnicos que habitam esta região são: bantos, sudaneses, bosquímanos, pigmeus, nilóticos.
Já os brancos (berberes, árabes e caucasianos) habitam, principalmente, a região setentrional do continente, ao norte do Deserto do Saara. Por isso essa região é conhecida como “África branca”.
 
Eram em sua maioria sudaneses os negros que vieram para o Brasil como escravos
sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se estendem do Atlântico ao vale superior do rio Nilo. Vivem basicamente da agricultura; antes da chegada dos europeus, haviam alcançado um alto estágio de civilização.  
Além dos negros e dos brancos, encontramos na África os malgaxes, povo de origem malaia que habitou a ilha de Madagáscar, os indianos trazidos pelos colonizadores ingleses para a África Oriental, além de um pequeno número de imigrantes chineses.

Tribos e grupos étnicos

A África é o lar de inumeráveis tribos, grupos étnicos e sociais, algumas representam populações muito grandes consistindo de milhões de pessoas, outras são grupos menores de poucos milhares. Alguns países possuem mais de 20 diferentes grupos étnicos. Todas estas tribos e grupos possuem culturas que são diferentes, mas representam o mosaico da diversidade cultural africana.
Estas tribos e grupos étnico/social incluem os Afar, Éwés, Amhara, Árabes, Ashantis, Bacongos, Bambaras, Bembas, Berberes, Bobo, Bubis, Bosquímanos, Chewas, Dogons, Fangs, Fons, Fulas, Hútus, Ibos, Iorubás, Kykuyus, Masais, Mandingos, Pigmeus, Samburus, Senufos, Tuaregues, Tútsis, Wolof e Zulus.
 
  Responda:
  1. Quais eram os principais povos na Africa?
  2. Quais os desertos citados no texto em que vivem esses povos?
  3. Fale um pouco sobre os sudaneses:
  4. Relacione os grupos étnicos brancos e negros que vivem na Africa:
  5. Que povos foram trazidos para o Brasil como escravos da Africa?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

http://www.antidrogas.com.br/historia.php

acesse o link acima, leia o texto e discuta com seus colegas e professora sobre a historia do uso de drogas pelos humanos.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Religiosidade no Brasil Colonia

Para turma do 2º ano regular (28 de janeiro)


IGREJA NO BRASIL COLÔNIA

     “A Igreja Católica, enquanto instituição e religião oficial do Estado português, chegou ao Brasil em 1500 com Pedro Álvares Cabral e daqui não mais saiu. Sua história é feita de autoridade, dominação e, em alguns momentos, graças a pessoas especiais, também de piedade e coragem.” (Del Priore, Mary. Religião e Religiosidade no Brasil Colonial. São Paulo, Ática, 2001).

O PADROADO REAL

      Em Portugal, a Igreja estava subordinada ao Estado, cabendo à Coroa a missão de assegurar os direitos e a organização da Igreja nas terras descobertas. Assim, a Igreja atua como co-responsável, junto ao Estado, da tarefa de organizar a colonização do Brasil, promovendo o “controle das almas” na vida diária – a vinculação do indivíduo à Igreja através dos sacramentos – do nascimento à morte (do batismo à extrema-unção). Mas essa relação não se deu sem conflitos “Não existia na época, como existe hoje, o conceito de cidadania, de pessoa com direitos e deveres com relação ao Estado, independentemente da religião. A religião do Estado era a católica e os súditos, isto é, os membros da sociedade, deviam ser católicos.” (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 2002)
     Mesa de Consciência e Ordens: Na prática, este tribunal era o órgão do Estado português destinado a supervisionar e autorizar a execução de tarefas como a remuneração do clero ou a construção e conservação de Igrejas, ou seja, o exercício do Padroado. Bispado de Salvador: Em 1551 foi nomeado o primeiro bispo
do Brasil: D. Pero Fernandes Sardinha, que não aceitava práticas utilizadas na catequese dos nativos, como a tolerância com a nudez dos índios, a confissão por intérpretes, e a mistura entre as cerimônias litúrgicas com cantos e danças indígenas. O controle do Estado sobre o clero tinha suas limitações. Era difícil enquadrar todo o clero secular, devido à extensão do território. As ordens religiosas também possuíam um certo grau de autonomia (possuíam suas regras e desenvolviam políticas próprias no tocante à questões importantes, como é o caso dos indígenas). “Padres seculares procuravam fugir ao peso do Estado e da própria Igreja, quando havia oportunidade, por um caminho individual. Exemplo célebre é o de alguns padres participantes da Inconfidência Mineira, que se dedicavam a grandes lavouras, a trabalhos de mineração, ao tráfico de escravos e diamantes. (...). De qualquer forma, seria engano estender a todo o clero essa característica de rebeldia, visível mas excepcional. Na atividade do dia-a-dia, silenciosamente e às vezes com pompa, a Igreja tratou de cumprir sua missão de converter índios e negros, e de incultar na população a obediência aos seus preceitos, assim como aos preceitos do Estado.” (FAUSTO, Boris. Op. Cit.)

REFORMA PASTORAL: AS CONSTITUIÇÕES BAIANAS

      A realização do Concílio Provincial que levou ao ajuste das leis canônicas à realidade brasileira. Visava a unidade das práticas sacramentais. Além disso, buscava regular a vida dos clérigos para viverem de forma “virtuosa e exemplarmente”. Assim, não deveriam se envolver em bebedeiras, espetáculos de danças ou teatro, festas, etc.

Casamento de negros escravos em uma casa rica (Jean Debret)

VIDA E MORTE

Batismo

     A criança deveria ser batizada até os oito dias de vida. Quem não fosse batizado não era considerada gente.
     “Existia uma ordem, em vigor desde o reinado de dom João III (século XVI), segundo a qual os escravos de Angola tinham de ser marcados no peito a ferro em brasa, com o selo real, uma coroa ou uma cruz, como prova de que o imposto devido sobre cada ‘peça’ tinha sido pago. Essa marca significava também que houve batismo em grupo, ainda em Angola, antes do embarque no navio negreiro. A partir de 1756, uma lei obrigou tais navios a terem a bordo um capelão para batizar os cativos e dar-lhes instrução religiosa.” (DEL PRIORE, Mary. Op. Cit.)
Casamento
      O casamento privilegiava as famílias de elite ao conceder licença para casamento entre primos ou tio e sobrinha. Já entre os pobres a forma de união mais comum era o concubinato. Pessoas de origem humilde, entretanto, inclusive escravos, podiam contrair matrimônio perante a Igreja. A Igreja tinha atitudes ambíguas diante da realidade colonial de africanos arrancados às famílias em sua terra natal. índias vivendo como amantes de brancos e poucas mulheres brancas disponíveis para o casamento O reconhecimento e a valorização da vida sexual e matrimonial eram completamente diferentes para negros, brancos ou índios.Entre negros e índios a fecundidade era estimulada, aceitavam-se uniões não legalizadas e famílias que muitas vezes se resumiam a mulher e filhos. Entre os brancos, o casamento devia seguir o padrão das uniões legais e monogâmicas, em que se valorizavam sobretudo a virgindade e a fidelidade das mulheres. (DEL PRIORE, Mary. Op. Cit.)
A Morte
      A “Morte Bonita”: Quando estava prestes a morrer, a pessoa reunia parentes, amigos ou adversários e pedia desculpas pelos erros conhecidos, além de mandar rezar missas e distribuir esmolas. Preparava também um testamento, onde não apenas distribuía os bens como, também, procurava manter unida a família e protegidos os menores.
       Aos enfermos ministrava-se a extrema-unção, que servia de auxílio contra as tentações que eram muito fortes na hora da morte. Os enterros eram, normalmente, preparados pelas irmandades a que o morto pertencia.

Reflita no texto e responda:

1-Qual era o papel da Igreja junto ao Estado?
2-Qual era a dificuldade do Estado de controlar todo o clero na colônia brasileira?
3-Explique como certos padres se comportavam com rebeldia diante do peso da autoridade do Estado?
4-Que objetivos tinha a reforma pastoral no Concilio de Trento?
5-Em sua opinião, a postura da Igreja diante do casamento tinha características racistas? Explique:
6-Qual era a idéia de morte para os habitantes do Brasil Colonia?


sábado, 13 de agosto de 2011

Para turma do 1º regular  (28 de janeiro)

A Igreja na Idade Média


* Proteção e defesa

     Durante a Idade Média a Igreja Católica aumentou muito o seu poder, passando a controlar a mentalidade medieval, definindo a maneira de viver e de pensar de toda a sociedade.
Os bens materiais da Igreja Católica começaram a ser acumulados a partir da cobrança do dízimo (10%) sobre os produtos cultivados pelos camponeses e das doações feitas pelos fiéis, cujo exemplo maior foi às terras que compuseram o Patrimônio de São Pedro.
     Já o poder da Igreja Católica sobre os homens e as almas deveu-se ao seu vigoroso trabalho de conversão dos germanos, ao predomínio cultural do clero e principalmente à sua capacidade de organização. Foi essa indiscutível organização que lhe possibilitou transformar o cristianismo no grande princípio unificador da civilização cristã européia. Isso ocorreu mesmo durante os primeiros séculos da Idade Média, em que as invasões, as destruições e o medo generalizado geravam uma permanente instabilidade na vida social do europeu.
    O poder espiritual da Igreja Católica deveu-se também, e talvez principalmente, a suas doutrinações religiosas. De acordo com um de seus preceitos básicos, o ser humano carrega em si uma pesada carga de pecados e, para se livrar deles e obter a salvação, deve recorrer à Igreja e se submeter a seus sacramentos, em especial ao batismo e à eucaristia.
      O batismo é um sacramento pelo qual o indivíduo fica livre do pecado original de Adão e Eva, o que torna possível sua salvação. Ele teria sua origem na religião persa, na qual era acompanhado de uma refeição sagrada, com pão, água e possivelmente vinho.
       A eucaristia ou sagrada comunhão é o momento do ritual católico em que o pão e o vinho são consagrados e transformados no corpo e no sangue de Cristo.
       A Igreja Romana define o sacramento como um meio pelo qual a graça divina é comunicada ao homem e à mulher. Segundo ela, nenhum indivíduo pode salvar-se sem os sacramentos, que permanecem sempre puros, mesmo quando são ministrados por sacerdotes de caráter considerado indigno pelos fiéis.
      Contribuíram também para a propagação da fé cristã a confissão e a penitência, com as quais, segundo a Igreja, o ser humano se reconcilia com Deus. Ao confessar os atos cometidos contra os princípios da Igreja e ao realizar a penitência imposta pelo confessor (consistindo, na maioria das vezes, em orações), o fiel obtém a absolvição de seus pecados.
       Além dos sacramentos, a Igreja Católica exigia o culto aos santos e pregava insistentemente a existência do demônio, figura geradora de medos e angústia e de cuja força e poder o ser humano pode se livrar com a ajuda dos santos e a proteção da Igreja. Ela adotou também guardar alguns dias considerados santos, em especial o dia 25 de dezembro, uma data consagrada pelos persas como o “dia do nascimento do Sol” e que, para os cristãos em geral, simboliza o “dia do nascimento de Cristo”. A extensão da autoridade da Igreja sobre a comunidade cristã européia foi também ampliada através da excomunhão e do interdito, duas poderosas armas usadas por ela para impor seu domínio e a obediência aos dogmas.

   A excomunhão era aplicada aos que assumiam posições heréticas e/ou negavam a autoridade papal, fosse no campo espiritual ou no temporal. Com ela a Igreja proibia o indivíduo de participar de qualquer atividade religiosa, de ser enterrado em cemitério cristão, de receber os sacramentos, incluindo a extrema-unção, e, se o excomungado morresse sem se arrepender de sua atitude contra os interesses gerais do papado, sua alma seria condenada aos tormentos do Inferno.
   Os demais cristãos ficavam proibidos de prestar solidariedade ao excomungado e de conviver com ele, sob pena de serem condenados ao mesmo tipo de castigo.
Em geral quando excomungava um rei, um imperador ou um nobre poderoso, a Igreja impunha também o interdito, pelo qual suspendia todas as cerimônias religiosas na comunidade aldeia, cidade, província ou mesmo reino. Quando era decretado, a população local, aterrorizada, fazia pressão 1ara que o governante excomungado aceitasse as determinações do papado e a livrasse do castigo da interdição.
etc. —, os monges devem levar uma vida disciplinada pela oração, pelo trabalho e pela obediência às regras de sua ordem.

* O clero secular e o clero regular.

No século VI foi implantado no Ocidente a primeira ordem religiosa: a Ordem dos Beneditinos.
Essa ordem surgiu em Monte Cassino, na Itália, em 534, com a fundação de um mosteiro por São Bento. Com essa fundação iniciou-se a vida monástica na Europa, e o clero passou a dividir-se em clero secular e clero regular.
O clero secular (seculare, em latim) é assim chamado porque os seus integrantes vivem em contato direto com o mundo (seculum).
Já o nome clero regular é devido ao fato de seus integrantes os monges — obedecerem a determinadas regras (regula, em latim) da ordem a que pertencem. Em todas as ordens religiosas beneditinos, franciscanos, dominicanos, agostinianos, carmelitas 
Nos mosteiros, o trabalho passou a ser encarado pelos monges como uma espécie de culto divino. Unindo o trabalho manual ao intelectual, eles conservaram a cultura clássica greco-romana, criando bibliotecas e oficinas de reprodução de antigos manuscritos.
Eles faziam votos de pobreza, de obediência e de castidade, e se dedicavam aos pobres e ao ensino, além de trabalhar e orar pela salvação dos outros homens e da sua própria. Em geral hospitaleiros, transformaram os mosteiros em lugares de refúgio e proteção para os enfermos, os desvalidos, as mulheres, os viajantes e foram os principais responsáveis pela conversão dos bárbaros germanos ao cristianismo, criando assim as bases da civilização cristã européia.


Leia o texto, discuta com os colegas e responda:


  1. De que forma a Igreja se organizou, possibilitando transformar o cristianismo no grande princípio unificador da civilização cristã européia?
  2. Que preceitos a Igreja usou para centrar seu poder espiritual e impor suas doutrinações religiosas?
  3. Qual era o papel dos sacramentos dentro da Igreja Católica?
  4. Alem dos sacramentos que outros preceitos a Igreja pregava aos fiéis?
  5.  A extensão da autoridade da Igreja sobre a comunidade cristã européia foi também ampliada através de duas poderosas armas usadas por ela para impor seu domínio e a obediência aos dogmas. Que armas foram essas? Explique-as:  
  6. A vida monástica da Igreja dividiu-se em duas partes. Cite quais são e explique cada uma delas:


terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Era Vargas


Para as turmas do 9º ano (8ª série)
Assista ao vídeo e responda:

  1. Quais são as caracteristicas que Boris Fausto coloca a respeito de Getulio Vargas?
  2. Como é conhecido os 15 anos que Getúlio Vargas ficou no poder?
  3. De acordo com o vídeo o que foi o movimento conhecido como tenentismo?
  4. Porque a Revolução de 1932 foi chamada de Revolução Constitucionalista?
  5. Explique o fato de Getúlio ter queimado o cafe, principal produto que sustentava a economia do Brasil:
  6. Qual era a mão-de-obra que predominou nesse período e em que seguimento eles trabalhavam?





terça-feira, 14 de junho de 2011

O Renascimento




Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.

Contexto Histórico

As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.

Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

Características Principais:

- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus ( teocentrismo ), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.

Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.

Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:

- Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

- Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).

- Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

Monalisa

- Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.

- Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.

- Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.

Renascimento Científico

Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária idéia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.

Nicolau Copernico



Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a idéia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta idéia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas idéias para fugir da fogueira.



Galileu Galilei

A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.











Fonte:www.suapesquisa.com

Pré-História

sábado, 28 de maio de 2011

Primeira Guerra Mundial

As trincheiras


       A vida nas trincheiras era horrível. Quando chovia, os túneis inundavam. E os soldados tinham de lutar, comer e dormir por semanas com os uniformes encharcados. Havia lama por todos os lados, às vezes atingindo até o peito dos homens. Eles não podiam se manter aquecidos, e as doenças se espalhavam, matando milhares de combates diariamente. Sofria-se também com os piolhos e com a impossibilidade de enterrar os mortos.
     As trincheiras protegiam as tropas contra os tiros de fuzis e metralhadoras, mas eram pouco eficazes contra projéteis de artilharia. Durante os ataques, os feridos ficavam no campo de batalha até a noite, quando as patrulhas de resgate podiam procurá-los com menos perigo.

Fonte: Adaptado de: Ken Hills. A Primeira Guerra Mundial. São Paulo,
Ática, 1996, p. 7. Coleção Guerras que Mudaram o Mundo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tiradentes e sua imagem


O legado e a verdadeira imagem de Tiradentes:

É fato que Tiradentes, por ser um alferes, não podia manter aquela imagem que nós nos acostumamos nos livros de História: barbudo e com longos cabelos. Mesmo preso, Tiradentes não conseguiria deixar crescer barba e cabelo, pois os mesmos eram aparados constantemente para evitar piolhos nos presos.

Estas imagens são da época em que o Brasil, após proclamar sua República, necessitava de heróis nacionais, figuras que representariam o espírito de luta contra a monarquia e o poder absolutista e a favor da República. Tiradentes, retratado de uma forma bem parecida com a imagem de Jesus e ainda por cima sendo traído por um igual antes de ser morto era tudo que uma República recém-criada precisava para este fim.

E esta imagem de Tiradentes que ficou perpetuada nos livros de História. Lógico que não podemos diminuir a importância da Inconfidência Mineira, muito menos da figura de Tiradentes. Sua execução no Rio de Janeiro, inclusive, foi feita de uma forma que incitou na população que assistiu um certo sentimento de revolta na época. Mas como a execução também serviu como uma demonstração de poder da Coroa, ninguém tentou se rebelar.

Hoje o nome de Tiradentes está gravado para sempre no Livro de Aço dos Heróis da Pátria, que está dentro do Panteão da Pátria, em Brasília, onde repousam homenagens a todos, brasileiros ou não, que de alguma forma diveram destaque a favor do Brasil.
Fonte:HistóriaZine, site sobre História 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Produção de Açúcar no Brasil

Introdução

Para efetivar economicamente a colonização do Brasil, os portugueses investiram na produção do açúcar. O açúcar foi o mais importante produto colonial da América portuguesa. Ele era fabricado principalmente nos engenhos da Bahia e de Pernambuco. A base de tudo era o trabalho escravo. Os holandeses financiaram, transportavam, revendiam o açúcar na Europa.
Foram os árabes que apresentaram o açúcar aos mercadores europeus medievais, porém, o produto era raro e caro, saboreado apenas pelos ricos. Imagine então os lucros doces que a venda de açúcar poderia proporcionar!
Na Europa é muito difícil plantar cana-de-açúcar. Mas no litoral do Nordeste brasileiro as chuvas são boas, o clima é quente e existe o ótimo solo de massapé. Para os portugueses, portanto, o clima tropical e a terra do Brasil eram uma riqueza que não existia na Europa.
Os portugueses vieram para o Brasil tornar-se donos de plantações de cana. Nos séculos XVI e XVII, o Brasil se tornou o maior produtor mundial de açúcar! Esse açúcar era vendido para os comerciantes portugueses, que o revendiam na Europa.

Casa de engenho de açúcar (moenda).

Onde e como se produzia o açúcar?

As principais produtoras de açúcar eram as capitanias da Bahia e de Pernambuco. O produto também era produzido nas do Rio de Janeiro e de São Vicente, onde hoje está o Estado de São Paulo.
O açúcar era produzido principalmente nos engenhos. O engenho era, antes de tudo, urna grande propriedade de terra, um latifúndio. Possuía urna vasta plantação de cana e um galpão onde se moia a cana, cozinhava-se o caldo e, finalmente, se produzia o açúcar. Havia mais coisas na área do engenho. Numa parte com árvores bonitas e sombra, existia a casa grande, onde morava o senhor de engenho (o dono de tudo) e sua família. Os quartos eram espaçosos e havia uma grande varanda onde o senhor de engenho descansava e ficava de olho na propriedade.
As máquinas dos grandes engenhos (para moer a cana e cozinhar o caldo) eram de alta tecnologia para a época. Vinham da Europa. O senhor de engenho também mandava importar ferramentas de metal, roupas de luxo para sua família, comidas especiais (vinho, azeite, queijos) e alguns móveis e objetos para a casa.
Além dos grandes engenhos, havia uma quantidade significativa de propriedades menores (com menos de 20 escravos) que produziam bastante açúcar.
Os engenhos cultivavam alimentos e criavam animais. Porém raramente produzia tudo aquilo de que necessitavam. Por causa disso desenvolveu-se urna agricultura voltada ao abastecimento interno. Pequenos fazendeiros plantavam mandioca, milho e feijão, depois vendiam nas cidades e nos engenhos. O que nos revela a importância do mercado interno.
O gado bovino também foi bastante utilizado nos engenhos. Proporcionava a carne, o leite, o couro, a força para mover moendas e para carregar um carro cheio de cana sobressaía como uma atividade econômica essencial voltada para o mercado interno, uma parte notável do desenvolvimento da Colônia.

                                           Os pés e as mãos do senhor de engenho
Escravos moendo cana

Quase tudo no engenho era feito pelo trabalho escravo. É por isso que, naquela época, falava-se que “os escravos são as mãos e pés do senhor de engenho”. O senhor de engenho vivia na ampla e fresca casa grande, os escravos se amontoavam na pequena, suja e quente senzala.O senhor de engenho também era servido por homens livres e pobres, que conduziam barcos cheios de sacas de açúcar, cuidavam dos cavalos, vigiavam os escravos. Em troca, recebiam um pequeno pagamento em dinheiro ou em mercadorias. Ou então tinham autorização para estabelecer uma rocinha nas terras do engenho.
Alguns funcionários do engenho recebiam altos salários. Eram os técnicos e administradores do açúcar. Geralmente vinham da Europa, onde tinham aprendido suas importantes profissões: instalavam e consertavam as máquinas do engenho, orientavam os escravos para que fizessem o produto com a melhor qualidade, administravam a propriedade, indicavam qual era a melhor maneira de o engenho funcionar.

 

A sociedade ruralizada

Nas regiões do Brasil onde se produzia açúcar a maioria das pessoas vivia no campo. É por isso que se diz que a sociedade era ruralizada. As poucas cidades que existiam ficavam no litoral e eram portos para vender açúcar.
Os senhores de engenho tinham casas nas cidades. Mas só iam para lá nas épocas de festa da cidade ou quando chegava a temporada de venda do açúcar para os grandes comerciantes. O senhor de engenho era o grande dominador. As pessoas olhavam com inveja sua propriedade, suas terras e escravos, seu poder sobre as pessoas.
A família de um latifundiário era chamada de patriarcal. O pai era senhor absoluto e se considerava “dono” da mulher e dos filhos, do mesmo jeito que era dono dos cavalos e da plantação. O senhor de engenho decidia, por exemplo, o destino dos filhos. Geralmente o mais velho herdava a propriedade. Os outros se formariam médicos, padres, advogados.

Engenho

Os holandeses e o açúcar do Brasil

No século XVII, a Holanda era uma das maiores potências econômicas da Europa. Um dos negócios mais lucrativos da burguesia holandesa (também chamada de flamenga) tinha a ver com o açúcar do Brasil.
Para começar, imagine que um nobre português quisesse instalar um engenho no Brasil. Como conseguir dinheiro para comprar as máquinas, as caríssimas caldeiras de cobre, as ferramentas e os escravos? Ele poderia pedir dinheiro emprestado ao Banco de Amsterdã, que era o maior banco holandês da época. Como você vê, os holandeses financiavam a produção de açúcar. Em troca, recebiam o pagamento dos juros.
Os lucros Indiretos da Holanda com o açúcar brasileiro não paravam aí. Em várias ocasiões, os comerciantes portugueses contrataram companhias de navegação holandesas para transportar o açúcar do Brasil até Lisboa. Grande parte do açúcar saía do Brasil em estado bruto para ser refinado (até ficar branco e fininho) em Amsterdã.
Naqueles tempos de mercantilismo, os burgueses holandeses monopolizavam (controlavam com exclusividade) muitas rotas de comércio de açúcar entre os países europeus. Por isso os comerciantes portugueses tinham de vender seu açúcar diretamente aos holandeses. Depois, os holandeses revendiam o açúcar pelo resto da Europa.
Portanto, os holandeses tinham várias maneiras indiretas de lucrar com o açúcar do Brasil: financiando e recebendo juros bancários, cobrando pelo transporte e pelo refino, ou revendendo na Europa. Houve momentos em que eles tinham mais lucros com o açúcar do Brasil do que os próprios comerciantes portugueses!
Essa melosa ligação comercial entre Holanda, Portugal e Brasil foi encerrada de surpresa, quando aconteceu a União Ibérica.

A crise do açúcar.

A crise do açúcar brasileiro ocorreu após a expulsão dos holandeses do Brasil, pois eles não desistiram do açúcar. Instalaram engenhos nas Antilhas (que são ilhas que ficam no mar do Caribe, lá na América Central) e começaram a exportar açúcar para a Europa. Dessa maneira, a produção mundial de açúcar aumentou demais, O açúcar brasileiro passou a ter de disputar compradores com o açúcar antilhano. Com tanto açúcar sendo oferecido no mercado, os preços foram caindo.
As coisas não estavam boas na Europa. Na famosa crise do século XVII, ninguém conseguia comprar muita coisa. Os preços caíram muito e mesmo assim o comércio continuava declinando. Dá para perceber que isso também botou os preços do açúcar brasileiro lá no porão.
Com os preços internacionais em queda, as exportações brasileiras caíram, o que provocou a ruína de muitos senhores de engenho. Porém houve um fator que atenuou a crise: as compras de açúcar pelo mercado interno brasileiro.