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sábado, 6 de abril de 2019

9 ano Revolução Russa


O Império Russo passava por uma grande crise no início do século XX:
– o imenso território era governado por um imperador absolutista (o czar) a partir de São Petersburgo. O ultimo czar foi Nicolau II (1894-1917)
– a economia russa era basicamente agrícola e a propriedade da terra estava concentrada nas mãos da nobreza russa e do clero, submetidos ao czar. Eram somente essas classes sociais que possuíam direitos na Rússia
– 80% da população eram formados por camponeses vivendo em condições miseráveis
– em torno de 40% da população eram de outra nacionalidade (não russa) e vivia em condições piores que a dos russos
– no final do século XIX a Rússia passou por um processo de industrialização dependente do capital estrangeiro (inglês e francês). Nas cidades industriais as condições de vida dos trabalhadores eram, muitas vezes, piores que a dos camponeses
A derrota russa na Guerra Russo-Japonesa (1904) aumentou o endividamento do Estado. Várias revoltas populares estouraram e foram duramente massacradas. Dentre elas, o episódio mais conhecido foi o “Domingo Sangrento” (1905): centenas de trabalhadores pretendiam levar ao czar um abaixo-assinado reivindicando melhores condições de vida e reforma política. Apesar desse movimento ter sido pacifico, os trabalhadores foram recebidos a tiros e mais de mil pessoas foram mortas.
Ao mesmo tempo intelectuais, profissionais liberais e capitalistas também passaram a criticar o czarismo. O czar Nicolau II tentou amenizar a situação prometendo a convocação da Assembléia Nacional (Duma). Várias Dumas foram convocadas e fechadas, o que aumentou ainda mais as criticas ao czar.
Os partidos políticos eram proibidos, mas vários existiam na clandestinidade, sendo alguns deles inspirados pelos ideais marxistas e outros pelo modelo liberal europeu. Muitos dos líderes desses partidos tinham sido exilados, mas continuavam atuando, a partir do exterior, para derrubar o czarismo.
Quanto mais a insatisfação das massas populares aumentava, mais esses partidos ganhavam força. Os bolcheviques (“maioria”) do Partido Operário Social-Democrático Russo (marxista) foi o grupo que mais conseguiu destaque nesse cenário de crise. Além disso, em diversas regiões, os próprios trabalhadores passaram a se organizar em conselhos, chamados de sovietes.
Revolução Branca e Revolução Vermelha
A entrada do Império Russo na I Guerra Mundial levou a uma grave crise socioeconômica. Em fevereiro de 1917 o czar abdicou, pondo fim ao czarismo. Em seu lugar assumiu um Governo Provisório, inspirado no modelo liberal europeu (Revolução Branca). Mas esse novo governo não atendeu a principal reivindicação popular: a retirada da Rússia da guerra.

Poucas semanas depois, Lênin (líder dos bolcheviques) chegou do exílio à Rússia, e iniciou uma campanha a favor da saída da Rússia da guerra e da reforma agrária, defendendo uma aliança do partido aos sovietes. Os slogans de seus discursos eram: “Paz, pão e terra” e “Todo poder aos sovietes!”.
Em São Petersburgo, Leon Trotsky (líder do soviete local) passou a organizar a Guarda Vermelha em apoio à revolução que Lênin propunha.
Em outubro de 1917 a Guarda Vermelha, com apoio de operários, camponeses e soldados, depôs o Governo Provisório, aclamando Lênin como líder do primeiro Estado socialista da História (Revolução Vermelha ou Bolchevique)
Rússia Bolchevique
As primeiras medidas de Lênin, apesar de serem coerentes as suas propostas de campanha, não agradaram:
– ao retirar a Rússia da I Guerra, Lênin aceitou pagar indenização e ceder territórios à Tríplice Aliança;
– ao confiscar bens da antiga elite russa, o novo Estado bolchevique gerou uma grande saída de capitais do país.
A miséria da população aumentou e uma Guerra Civil se iniciou em 1918. De um lado estava o Exército Vermelho (antiga Guarda Vermelha e força militar dos bolcheviques) e de outro o Exército Branco (antiga elite e descontentes com o novo governo, que tinham apoio internacional).
No meio dessa guerra, várias minorias étnicas aproveitaram da extrema crise para se rebelarem em busca de autonomia política.
Os bolcheviques foram implacáveis: implantaram uma política econômica chamada de “comunismo de guerra”, e assim confiscaram tudo que era produzido pela população para sustentar a Guerra Civil. A polícia política perseguia todos os que fossem considerados “anti-revolucionários”, ou seja, os inimigos dos bolcheviques. Em 1920 o Exército Vermelho venceu a Guerra Civil e o Estado Bolchevique foi implantado na Rússia.
Em 1921, Lênin buscou reorganizar a economia russa, implantando a NEP (em português: Nova Política Econômica), dando algumas liberdades econômicas à população, mas sempre com a orientação do Estado.
No ano seguinte os bolcheviques fundaram o Partido Comunista Russo e a cidade de Moscou se tornou oficialmente a capital de um novo país: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Apesar do nome, esse enorme país nada tinha de “união”, na realidade significou a expansão russa e bolchevique sobre os países vizinhos.
Mas foi no governo de Stálin, sucessor de Lênin, que a URSS se tornou uma grande potência mundial. Uma ditadura totalitária foi imposta, a partir de uma economia controlada pelo Estado e de uma política de extremo controle sobre a população (ver Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria).

Responda
1. Como estava a Rússia no início do século XX?
2. Que fato ficou conhecido como o “domingo sangrento”?
3. O que foi a revolução vermelha?
4. Quem eram os bolcheviques e os sovietes?
5. Como foi o governo de Lênin?

domingo, 31 de março de 2019

O café. 2 ano

Historia        Professora Edjane Lins
2 ano.  Questões

01) sobre a expansão do café no século XIX, podemos afirmar que:

A) surgiu juntamente com o desenvolvimento da cana-de-açúcar;
B) tornou-se o principal produto agrícola brasileiro durante o Segundo Reinado;
C) Fez com que o Brasil se tornasse o terceiro maior produtor mundial do produto;
D) encontrou seu maior desenvolvimento no nordeste brasileiro;
E) surgiu juntamente com o ciclo da mineração.

02) Na cafeicultura observam-se as características abaixo, exceto:

A) ser latifundiária
B) difundir-se pelo oeste do Paraná
C) ser uma monocultura
D) ser escravocrata
E) servir essencialmente ao mercado externo

03) No século XIX, a imigração européia para o Brasil consolidou:

A) o poder dos coronéis no Vale do Paraíba;
B) a pecuária na região Centro-Oeste;
C) a industrialização no eixo Rio - São Paulo;
D) a produção de cana-de-açúcar no norte do Paraná;
E) a lavoura cafeeira no Oeste Paulista.

4)  Em relação à chegada do café no Brasil é correto dizer que:

a) O café chegou somente no século XIX no Brasil e teve bastante dificuldade de ganhar o gosto popular. No século posterior, o café tornou-se um produto importante para a economia, mas não representou grandes lucros para o Estado brasileiro.

b) O café chegou ao Brasil no século XVIII, quando a esposa do governador da Guiana Francesa presentou o Sargento paraense Francisco de Mello Palheta com uma muda de café, que posteriormente foi ganhando o gosto da população brasileira.

c) A plantação cafeeira no Brasil somente cresceu após a criação do Convênio de Taubaté no século XVIII, que priorizou investimentos públicos nos cafezais para alavancar a venda do produto no mercado nacional.

d) A chegada do café no Brasil trouxe poucas mudanças para a economia nacional, uma vez que a produção cafeeira foi produzida visando ao mercado interno que era mais rentável do que o comércio no mercado internacional.

5) Cite e explique dois fatores que contribuíram para a expansão da economia cafeeira no Brasil.

6) Explique a participação do empresário Irineu Evangelista de Souza no período de ascensão da economia cafeeira e do comércio brasileiro.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Principais características de cada período da Pré-História


1 ano

Principais características de cada período da Pré-História:


Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada

Nesta época, o ser humano habitava cavernas, tendo que disputar, muitas vezes, este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletiva.

Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem rudimentar (pouco desenvolvida), baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o homem trocava ideias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas.

Mesolítico

Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência, de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação, além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação à natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.


Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.

Neolítico ou Idade da Pedra Polida

Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização, a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.