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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Sociedade açucareira: Patriarcal e escravista- 2 ano medio

 

Sociedade açucareira: Patriarcal e escravista

 

Denominamos de sociedade açucareira, aquela referente ao Ciclo do Açúcar na História do Brasil. Esta sociedade se desenvolveu, principalmente, na área litorânea do Nordeste brasileiro (regiões produtoras de açúcar) entre os séculos XVI e XVII.

 

 Principais características da sociedade açucareira:

- Sociedade composta basicamente por três grupos sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens livres e escravos.

- Sociedade patriarcal: poder concentrado nas mãos dos homens, principalmente, dos senhores de engenho que controlavam e determinavam a vida dos filhos, esposa e funcionários.

- Uso, nos trabalhos pesados do engenho de açúcar, de mão de obra escrava de origem africana. Os escravos eram comercializados como mercadorias e sofriam com as péssimas condições de vida oferecidas por seus proprietários.

- Posição social determinada pela posse de terras, escravos e poder político.

Divisão social (grupos sociais)

- Senhores de engenho: possuíam poder social, familiar, político e econômico. A casa-grande, habitação dos senhores de engenho e sua família, era o centro deste poder. Este grupo social tinha forte influência nas Câmaras Municipais, principal polo de poder político das cidades na época colonial.

- Homens livres: eram em sua maioria funcionários assalariados do engenho (capatazes, por exemplo), proprietários de terras sem engenho, artesãos, agregados e funcionários públicos.

- Escravos: formavam a base dos trabalhadores nos engenhos de açúcar. Tinham como origem o continente africano, sendo comercializados no Brasil. Era o grupo mais numeroso da sociedade açucareira. Em função das péssimas condições em que viviam, dos castigos físicos e da ausência de liberdade, possuíam baixa expectativa de vida (no máximo até 35, 40 anos). Resistiram à escravidão através de revoltas e fugas para a formação dos quilombos.

Crise da sociedade açucareira

A desestruturação deste modelo social começou com a crise da economia açucareira, ou seja, com a concorrência holandesa no comércio de açúcar mundial (final do século XVII)

No século XVIII, com o início do Ciclo do Ouro, a região das minas transformou-se no principal centro de desenvolvimento econômico do Brasil. Um novo modelo social mais dinâmico passou a vigorar, porém, várias características da sociedade açucareira permaneceram ainda por muito tempo no Nordeste.

 

EXERCICIOS

 

1. “O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos.” O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:

a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na sociedade colonial.

b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.

c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.

d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.

 

2. Foram características marcantes do processo de colonização do Brasil no período colonial:

a) trabalho livre, produção comercializada com outras colônias, pequena e média propriedades.

b) trabalho livre, cultura de subsistência, pequena propriedade e produção para o consumo interno.

c) mão-de-obra compulsória, produção manufatureira comercializada com a metrópole e latifúndio.

d) mão-de-obra escrava, produção para o mercado externo, grande propriedade e monocultura.

 

3. O país que atuava como parceiro econômico de Portugal na produção do açúcar por meio do financiamento dos engenhos, refinamento do açúcar e distribuição da mercadoria pela Europa foi:

a) Holanda.

b) Espanha.

c) França.

d) Índia.

Grécia Antiga- 1 ano médio

 

Grécia Antiga

A mais sábia das civilizações antigas

A civilização grega foi a mais avançada do mundo antigo.

Foi na Grécia que o pensamento filosófico teve origem. O pensamento filosófico deu base para o desenvolvimento do conhecimento científico, ou seja, explicar os fatos através de métodos e técnicas que possam ser avaliados e comprovados. Antes disso só existia o pensamento mítico, baseado em crenças e mitos que não podiam ser comprovados, pois partiam do imaginário popular. Sócrates, Platão e Aristóteles foram os principais filósofos da Grécia Antiga, contribuindo para a evolução de diversas áreas do conhecimento.

Sociedade e Cultura

A sociedade grega tinha uma hierarquia bem definida: os periecos eram os habitantes da periferia e não tinham participação política; os esparciatas eram cidadões espartanos integrados ao exército ou negócios públicos, os escravos eram os prisioneiros de guerra ou pessoas escravizadas por terem dívidas; os hilotas eram servos do estado; os metecos eram estrangeiros ligados ao comércio e também não tinham participação na vida pública e finalmente os eupátridas eram as pessoas nascidas em Atenas, formavam a aristocracia latifundiária.

 A tragédia e a comédia foram os dois gêneros de teatro da Grécia. As apresentações de teatro eram feitas ao ar livre e muitas peças do teatro grego são representadas até hoje.

 A poesia grega era muito valorizada, tanto que em todos os banquetes, jogos e festivais era declamada inclusive acompanhada por música. Eram classificadas em épica, encontrada nas obras de Homero e lírica, que recebeu esse nome por sempre ser acompanhada pelo som da lira.

Os templos foram os maiores representantes da arquitetura grega. Eram construções requintadas, feitas em pedra e com estilo próprio. O templo grego mais importante era o Partenon de Atenas.

 A escultura foi desenvolvida, por muito tempo, para completar as obras arquitetônicas, principalmente nos templos. Assim, é comum ver grandes esculturas ao lodo de templos e construções gregas.

Na medicina os gregos também “saíram na frente”, Hipócrates foi o primeiro a estudar as ciências médicas. Na Grécia Antiga havia uma forma interessante de atendimento: as consultas eram gratuitas, mas a pessoa que se restabelecia deveria fazer uma oferenda, levando ao “doutor” uma réplica do órgão ou membro afetado.

Culto a vários deuses

 No que desrespeito à religião, os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, mas para eles os deuses tinham uma forma antropomórfica, ou seja, eram a figura ampliada dos homens e a única diferença entre eles era a característica de imortalidade dos deuses. Podiam ser encontrados nas alturas dos céus ou nas profundezas dos oceanos e eram, representavam forças da natureza, protegiam a humanidade e representavam paixões e sentimentos humanos. Além dos deuses, os heróis também eram cultuados e chamados de semideuses.



 Grécia e a origem das Olimpíadas

O evento esportivo mais importante do mundo surgiu na Grécia

Para os gregos o esporte era muito importante! Através dele podiam mostrar suas habilidades e homenagear os deuses, principalmente Zeus, considerado o “deus dos deuses”. Como ocorria na cidade de Olimpia, o evento passou a ser chamado de Olimpíada. A primeira aconteceu há 2.500 a.C. com uma única competição: a corrida olímpica. A partir daí ficou estabelecido que as olimpíadas ocorreriam sempre a cada quatro anos, durante os meses de julho e agosto, sistema que é mantido até hoje.

Com o passar do tempo, o número de competições foi aumentando, até chegar a dez eventos: corrida, pentatlo, arremesso de disco, salto em distância, lançamento de dardo, luta, boxe, pancrácio, corrida de bigas (carro de duas ou quatro rodas puxados por cavalos) e corrida de cavalos. Tudo tinha que acontecer em cinco dias!



Curiosidade

Segundo a mitologia greco-romana, os deuses habitavam o Monte Olimpo, que fica no norte da Grécia, perto do mar Egeu. Tem 3 mil metros de altura e é o ponto mais alto do país. (fonte: Guia dos Curiosos)


 

Exercícios
 

01. Qual foi a base fornecida pelo pensamento filosófico grego?

02 Descreva a religião dos gregos na antiguidade.


03. Dentre os legados dos gregos da Antiguidade Clássica que se mantêm na vida contemporânea, podemos citar:

 

a) a concepção de democracia com a participação do voto universal.

b) a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos.

c) a idealização e a valorização do trabalho manual em todas suas dimensões.

d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão.

e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades-acrópoles.

 

Primeira República ou República Velha- 9 ano

 

Primeira República ou República Velha

 


A Primeira República foi iniciada com a Proclamação da República e ficou marcada pelo predomínio das oligarquias na política nacional. Esse período encerrou-se em 1930.

A Primeira República é o período da história do Brasil que aconteceu de 1889 a 1930, tendo sido iniciado com a Proclamação da República que aconteceu em 15 de novembro de 1889 e encerrou-se com a deposição de Washington Luís como consequência da Revolução de 1930. Esse período é conhecido por muitos como República Velha, mas entre os historiadores o termo utilizado para referir a esse período é Primeira República.

 

Proclamação da República

 

A Primeira República foi iniciada com a Proclamação da República, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. A derrubada da monarquia ocorreu pela perda de apoio político fazendo com que esse regime se tornasse impopular entre as elites do Brasil. Os militares, insatisfeitos com a monarquia há tempos, e uma parcela da sociedade civil, sobretudo os oligarcas paulistas, organizaram um movimento para derrubar a monarquia.




Em 15 de novembro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, os militares destituíram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Ao longo do dia, as movimentações políticas levaram José do Patrocínio a proclamar a República na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Isso marcou o início da Primeira República Brasileira.

A Primeira República, conforme já mencionado, estendeu-se de 1889 a 1930. Um período específico da Primeira República que foi de 1889 a 1894, também é conhecido como República da Espada. Esse nome se deve ao fato de que os dois presidentes brasileiros (Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto) foram militares. A República da Espada, porém, é um período incorporado à Primeira República.

Toda a Primeira República pode ser dividida em três grandes fases:

Consolidação (1889-1898): período marcado pela consolidação das estruturas políticas e econômicas da Primeira República. Foi assinalado por crises na política e na economia.

Institucionalização (1898-1921): período no qual a estrutura política da Primeira República estava devidamente consolidada. Aqui se definiram políticas como a dos governadores e do café com leite.

Crise (1921-1930): período no qual as estruturas políticas da Primeira República entraram em crise por conta da incorporação de novos atores na política brasileira. Conflitos entre as oligarquias também contribuíram para o fim da Primeira República.

Características

A Primeira República, além de República Velha, é muito conhecida também como República Oligárquica e isso porque esse período ficou marcado pelo predomínio das oligarquias sobre nosso país. As oligarquias eram forças políticas que baseavam o seu poder em suas posses, isto é, na terra (os oligarcas eram, em geral, grandes proprietários de terra).

O predomínio das oligarquias resultou em algumas características que são consideradas grandes marcas da Primeira República.

Essas características são o mandonismo, o clientelismo e o coronelismo. Essas três simbolizam o poder das elites agrárias do país manifestado na posse de terras, além de manifestar o poder dos coronéis sobre as regiões interioranas do Brasil e a troca de interesse, elemento fundamental para a sustentação das oligarquias no poder. Outras características muito importantes desse período foram as políticas que sustentavam as estruturas no âmbito político do Brasil. Aqui estamos falando da política dos governadores e da política do café com leite.

A política dos governadores, também conhecida como política dos estados, foi criada durante o Governo de Campos Sales, presidente do Brasil entre 1898 e 1902. Foi com a política dos Governadores que o funcionamento político brasileiro na Primeira República foi estruturado. Por meio dessa política, foi possível realizar uma aliança entre executivo e legislativo.

Na prática, essa política funcionava da seguinte maneira: o Governo Federal daria apoio à Oligarquia mais poderosa de cada Estado. Em troca, o governo exigia que cada oligarquia Apoiasse as propostas do Governo Federal no legislativo. Assim, as oligarquias deveriam eleger deputados dispostos a atuar em favor do governo no Legislativo. Com o apoio à oligarquia mais poderosa, o Governo Federal esperava que os conflitos Políticos respingassem o mínimo possível no âmbito federal e ficassem reduzidos apenas ao âmbito estadual.

O funcionamento da política dos governadores dependia consideravelmente da figura do coronel, pois seria ele que, a nível regional, mobilizaria os votos necessários para eleger os candidatos certos, de acordo com o interesse de cada oligarquia.

O coronel usava seu poder financeiro para pressionar as pessoas a votar em determinado candidato. Essa intimidação dos eleitores é conhecida como “voto de cabresto”. Além da intimidação, a fraude das atas que registravam os votos eram uma prática comum.

A política do café com leite é um conceito clássico quando nos referimos à Primeira República.

Essa política ganhou força no Brasil, sobretudo a partir de 1913, com a assinatura do Pacto de Ouro Fino, entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Esse conceito refere-se ao revezamento dos candidatos lançados à presidência por essas duas oligarquias.

Segundo esse pacto, paulistas e mineiros alternavam-se na presidência da República. O nome “café com leite” faz referência ao fato de que São Paulo era o maior produtor de café do Brasil, enquanto que Minas Gerais era o maior produtor de leite.

O uso desse conceito para explicar a Primeira República tem sido criticado pelos historiadores, porque as oligarquias mineira e paulista eram importantes, mas o funcionamento jogo político desse período não passava exclusivamente por elas, uma vez que existiam outras oligarquias no país.

No campo econômico, o Brasil seguiu com grande dependência do café. O grande produtor dele no Brasil era o estado de São Paulo. No começo do século XX, os cultivadores começaram a aumentar a quantidade de café produzida, o que acarretou a queda do preço desse produto, uma vez que o mercado ficou abarrotado com a mercadoria. Visando a defender seus interesses, os cafeicultores reuniram-se no Convênio de Taubaté.

Nesse convênio, decidiu-se que o governo brasileiro compraria o excedente de sacas de café com o objetivo de controlar o preço desse produto no mercado internacional. Isso garantiria os lucros dos fazendeiros e resolveria a questão do preço do café. Além disso, decidiu-se que o Estado realizaria um empréstimo de 15 milhões de libras para conseguir realizar a compra do excedente dessas sacas.

 

Atividade

 

1 Por que a república foi proclamada no Brasil?

2 Explique o que foi a política do “café com leite”

3 O que você entende por voto de cabresto?

4 Qual produto movimentou a economia do Brasil na Primeira República e o que foi o Convênio de Taubaté?