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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

A Arte Bizantina

 

A ARTE BIZANTINA

 

A arte bizantina foi uma tendência artística desenvolvida durante o Império Bizantino, entre os séculos V e XV. As expressões artísticas bizantinas tinham um caráter religioso e foram marcadas pela temática cristã. Devido à influência político-religiosa, a arte bizantina se expandiu para além dos limites geográficos do Império Romano do Oriente.

Nascida após a aceitação do Cristianismo pelo Império Romano, a arte bizantina tem suas raízes na arte paleocristã – conjunto de expressões artísticas praticado por pessoas convertidas na fé em Jesus Cristo. A arte paleocristã se manifestou através de pinturas nas catacumbas e nos sepulcros.

O principal propósito era orientar as pessoas na devoção cristã. Considerada o primeiro estilo de arte cristã, a arte bizantina era comandada pelo clero, que tinha a incumbência de organizar as artes. Orientados por sacerdotes, os artistas eram apenas os executores que deveriam seguir fielmente as tradições e os padrões estabelecidos pelo clero.

A finalidade da arte bizantina ia muito além da decoração. Sua função era também educativa com o objetivo de orientar os devotos cristãos sobre o entendimento das passagens bíblicas por meio de reproduções da vida de Cristo. As principais manifestações artísticas dessa tendência ocorreram na pintura, na arquitetura e no mosaico.

A arte bizantina passou por um momento de ruptura em função de ideias e conflitos religiosos e filosóficos. Esses conflitos resultaram na destruição de grande parte das pinturas, esculturas e mosaicos das igrejas, por grupos contrários a qualquer imagem de natureza religiosa, chamados de iconoclastas.

Características da arte bizantina

A arte bizantina recebeu influência de diferentes regiões, devido à localização geográfica de Constantinopla. Assim, essa tendência agregou elementos culturais de Roma, da Grécia e do Oriente. Entre as principais características da arte bizantina, estão:

• Combinação de diferentes elementos da cultura greco-romana e oriental;

• Presença marcante do uso de cores;

• Forte influência do Cristianismo;

• Ausência de expressividade e de criatividade dos artistas;

• Representação de personalidades oficiais como personagens sagrados;

Com a temática basicamente religiosa, as manifestações artísticas do Império Bizantino tinham a função de representar as crenças teológicas. Assim, representavam eventos bíblicos e da vida dos santos, utilizando as imagens como pontes de contato entre o homem e o divino.

A arte bizantina estava diretamente ligada à religião por isso obedecia ao clero, que tinha, dentre outras funções, a de organizar as artes. Assim, os artistas bizantinos se tornavam apenas executores que tinham função de seguir fielmente um padrão e as tradições estabelecidas pela Igreja.

A arte bizantina costumava representar os imperadores com uma auréola sobre a cabeça, sendo também representados em mosaico juntamente com a Virgem Maria e com o Menino Jesus.

Essa prática se baseava nos ideais do regime teocrático, o qual além dos poderes administrativos, o imperador possuía poderes espirituais, sendo considerado representante de Deus na Terra.

Contexto histórico

Por volta do século IV, durante o período medieval, houve a queda do Império Romano do Ocidente. Com a invasão de Roma, o imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para Bizâncio, cidade grega, que posteriormente foi chamada Constantinopla. Assim, teve início o Império Romano do Oriente, conhecido como Império Bizantino.

Com a mudança da capital do Império para Constantinopla possibilitou o surgimento da arte bizantina, pois a cidade reunia uma série de fatores que impulsionaram a ascensão da nova expressão artística. Com a localização privilegiada de Constantinopla, a arte bizantina sofreu influências de Roma, da Grécia e do Oriente, atrelando elementos culturais que formaram um estilo rico na técnica e na cor.

O auge da arte bizantina ocorreu por volta do século VI, no reinado imperador Justiniano. O apogeu foi sucedido por uma crise denominada iconoclastia, que resultou na destruição de todas as imagens religiosas, devido ao conflito político e ideológico entre os imperadores e o clero.

O século VIII foi marcado pela luta contra a reprodução de imagens. A ação dos iconoclastas só terminou em 843 e somente por volta do século IX é que as imagens voltam a decorar as Igrejas. Com o fim da crise iconoclasta, a arte bizantina voltou ao auge, assim permanecendo assim até final do Império Bizantino, no século XV.

Manifestações artísticas da arte bizantina

A arte bizantina se destacou na pintura e na arquitetura, mas a sua forma mais expressiva foi o mosaico. O destaque para a arquitetura foi a construção de grandes e imponentes igrejas. Na pintura, as principais obras foram as pinturas e afrescos.

Arquitetura

A arquitetura foi uma das principais manifestações artísticas da arte bizantina. Embora tenha trazido inovações, como o plano centrado de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais, a arquitetura bizantina apresenta características da arte medieval como o uso do arco, da abóbada e da cúpula.

O principal destaque da arquitetura bizantina foram as igrejas planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada. Elas eram caracterizadas pelas imensas cúpulas sustentadas por colunas, criando prédios enormes e espaçosos totalmente decorados.

Com paredes feitas em tijolos revestidos por lajes e pedra na parte externa e com relevos na parte interna, as construções bizantinas eram cobertas com abóbodas de berço e aresta e a cúpula.

Pintura

A pintura bizantina se restringiu ao contexto religioso sofrendo devido à interferência do movimento iconoclasta - uma controvérsia sobre o uso de pinturas ou entalhes na vida religiosa.

Os principais destaques da pintura da arte bizantina foram os afrescos - pinturas feitas em paredes de igrejas –, miniaturas utilizadas para ilustrar livros e pinturas em painéis. Caracterizada pela temática cristã, as principais pinturas foram de imagens de Cristo e da Virgem Maria.

Consideradas uma violação ao mandamento de não adorar imagens, as representações humanas realistas foram condenadas, sendo proibida a sua reprodução, bem como, foi ordenado que as obras artísticas que existissem nessas condições fossem destruídas.

Mosaico

Principal expressão da arte bizantina, os mosaicos eram criados a partir de pequenos pedaços de pedras coloridas, colocadas sobre cimento fresco em uma parede, compondo um desenho. Eles eram usados para decorar paredes e abóbodas, além de servir de orientação e guia espiritual para os cristãos.

Os mosaicos representavam as pessoas de frente e verticalizadas, passando a imagem de espiritualidade. Deixando de lado a perspectiva e o volume, o mosaico bizantino explorou bastante a cor dourado, devido à sua associação ao, um dos maiores bens materiais do período.

Exercício 

1. As imagens da arte bizantina tinham como objetivo:

a) Mostrar a beleza de seus textos visuais.

b) Ensinar as verdades fundamentais da fé cristã.

c) Utilizar figuras e símbolos pagãos.

d) Preparar os infiéis para a vinda de Cristo.

2. As afirmações abaixo são características da arte bizantina, exceto:

a) Nela predominam os temas cristãos.

b) Existe a presença ostensiva do uso de cores.

c) Foi influenciada pela cultura greco-romana e a oriental;

d) Possui grandes afrescos em painéis de lona e madeira.

3. A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa:

a) Adornos de bronze e cobre.

b) Aquedutos e esgotos.

c) Telhados de beirais recurvo.

d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.

e) Vias calçadas com artefatos de couro.

4. – Por que após a oficialização do cristianismo, a arte Cristã primitiva, que era simples e popular, foi substituída por uma arte cristã de caráter majestoso?

5. A Arte Bizantina recebeu forte influência de 3 povos, quais foram eles?

6. Qual era o regime de governo na época e por que o imperador era representado com uma auréola sobre a cabeça?

7. Explique o que eram as pinturas afresco?

8. Qual o maior destaque na arquitetura bizantina?

Urbanização de Belém no final do século XIX

 

A URBANIZAÇÃO DE BELÉM NO FINAL DO SÉCULO XIX

 

O dinheiro gerado pela comercialização da borracha foi muito importante para a reestruturação urbana de Belém, especialmente a partir do ano de 1897, que marcou o inicio do governo de Antônio Lemos (1897-1911) este intendente promoveu uma renovação estética e higienista da cidade e de seu porto que é denominada belle époque paraense. Intervenções urbanas foram comuns no final do século XIX em vários locais do mundo como Viena, São Petersburgo ou Brasil, todas tinham como modelo de cidade a Paris Hausmaniana (ruas largas ou boulevards, iluminação pública e espaços verdes); no Brasil, Manaus e Rio de Janeiro sofreram intervenções estáticas muito semelhantes.

 

Em Belém esse projeto vinha atender ao novo gosto da elite endinheirada do látex e também para demonstrar aos investidores estrangeiros que Belém era segura e salubre. A nova elite econômica com destaque para os seringalistas transformando a capital em centro financeiro, de consumo, luxo e divertimentos; para atender essa necessidade o poder municipal aumentou impostos, financiamentos e entrando em acordos com o governo estadual nos planos de saneamento e embelezamento da cidade.

 

As ruas estreitas da Cidade Velha e da Campina mantiveram o estilo colonial português, mas era necessário construir avenidas largas. Nesse sentido, a construção do Boulevard da República próximo ao cais do porto facilitaria o escoamento e a transação comercial da borracha, simbolizando também o gosto europeu. Calçaram-se as ruas, instalou-se uma rede de esgotos, criou-se um serviço de transportes públicos, construíram-se bosques, quiosques e praças.

 

Desde 1870, a cidade possuía iluminação a gás e bondes puxados por mulas. O centro comercial, onde se encontravam as casas aviadoras, bancos e lojas chics, tornou-se um centro de consumo de tecidos conforme a última moda de Paris e Londres (loja Paris n’ América), vinho Piper Mint de Rivel (medalha de ouro na exposição de Paris de 1890); alimentos importados como carne, champagne, vinagre, manteiga entre outros. É importante mencionar que a maior parte da população não possuía dinheiro sequer para comprar peixe, enquanto alguns tentavam adotar hábitos europeus.

 

O boom gomífero possibilitou que viessem ao Pará importantes companhias teatrais e musicais os jornais da época comentavam o desempenho dos artistas, a presença de autoridades, ricos comerciantes e intelectuais e a forma como estavam vestidos serviam de termômetro do prestígio das companhias e da elite local. De acordo com Sarges[1], que estudou Belém no período da “belle-époque”, ir ao teatro, além de opção de lazer da elite local, era um sinal de elegância e distinção social, o que levava a uma identificação com a elite européia. O número de peças foi tão grande que Lemos passou a defender a construção de outro teatro além do Teatro da Paz, segundo ele era um vexame alguns grupos de artistas terem que trabalhar no teatro Poytheanna,que o intendente considerava um barraco.

 

Preocupado com a paisagem urbana, Lemos procurou adotar áreas verdes, reaparelhando o Horto Municipal, embelezando as praças, reestruturando o Bosque do Marco da Légua (depois Bosque Rodrigues Alves) e estabelecendo os rigores da lei para quem cortasse árvores ou apedreja-las, pisar e andar sobre a grama, atirar pedras e estragar flores. Havia também os quiosques (Bar do Parque) que vendiam produtos diversos, Antônio Lemos os considerava elegantes na paisagem urbana, enquanto no Rio de Janeiro eles foram duramente proibidos porque “enodavam a paisagem”.

 

Contudo para imprimir os ideais de moral, limpeza e higiene o poder público implementou a cidade uma disciplinarização do espaço regulando o cotidiano da cidade proibindo banhos nas praças e chafarizes, ir à janela ou ficar em casa de trajes “indecentes” ou completa nudez. Ordenou também o fechamento e demolição de todos os cortiços, como ocorreu em outras cidades como o Rio de Janeiro, esta ordenação fazia parte do discurso republicano pautado numa concepção de progresso com bases científicas traduzido em saneamento e higienização, os cortiços eram considerados locais “focos” de epidemias e desordem. Lemos obrigou também que os moradores construíssem suas casas de acordo com as plantas aprovadas pela intendência, mas essas regras eram muitas vezes burladas. Para resolver problemas como o local de abate e comercialização de carne e pontos de venda de alimentos ao público, construiu-se um matadouro público e um mercado no boulevard da República o Ver-o-Peso, construído em ferro ao estilo art nouveau sendo considerado um dos melhores do país. Eram proibidas barraquinhas de café e outros tipos de comida como os garapeiros, que eram consideradas sujas e pontos de ajuntamento de “desocupados”. Iniciou a construção de uma rede de esgotos (empresa londrina The Amazonia Development Company Limited) e forno crematório. Outro problema era o abastecimento de água que era vendida pelos aguadeiros nas portas das casas, assim que assumiu a intendência, Lemos encomendou nos Estados Unidos aparelhos para estabelecer poços artesianos em vários locais da cidade; e também iniciou campanha de vacinação, visitas domiciliares e recolhimento de lixo. O discurso civilizador impunha também a “limpeza social” combatendo a mendicância, principalmente às proximidades da Basílica de Nazaré (Asilo de Mendicidade) e a busca de disciplinar o trabalho de vendedores ambulantes e empregadas domésticas em sua maioria imigrantes.

 

 

 Exercício

1. O que foi a Belle Époque Paraense?

 

2. Por que Belém sofreu modificações urbanas?

 

3. qual foi a necessidade da construção do Boulevard da Republica?

 

4. Qual era o sinal, além da diversão, o fato de ir ao teatro?

 

5. Que ações foram tomadas para imprimir os ideais da moral?

 

6. por que o governo de Lemos mandou derrubar os cortiços?

 

7. Qual foi a intenção da construção do matadouro público?

 

8. Como Lemos resolveu o problema da agua?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Cultura e religião Afro-brasileira

 Cultura e religião afro brasileira

 Sincretismo e as Religiões Afro-brasileiras estão interligados, afinal as práticas religiosas originadas no Brasil são junções das doutrinas dos povos africanos, aliadas as crenças da Igreja Católica.

História do Sincretismo e Religiões Afro-brasileiras

Tudo começou com a chegada dos portugueses no Brasil. Junto com novos hábitos e culturas, a colonização brasileira deu espaço para chegada de outros religiosos. Além disso, com a vinda de povos da África, a variação de crenças e religiões ficou ainda maior.

Porém, a Igreja Católica sempre tentou obrigar os escravos a aderirem as doutrinações cristã, impedindo que eles propagassem e exercessem suas obrigações religiosas na qual acreditava. Mas, por muitas vezes, alguns escravos realizam mobilizações ou festividades nos mesmos dias em que aconteciam as celebrações católicas.

Outros, mesmo participando das festas católicas, não abandonavam sua fé nos orixás, voduns, entre outras divindades oriundas da terra natal. Com isso, essa prática simultânea de diversas religiões resultou no surgimento de outras, que levavam características africanas, cristãs e indígenas.

Atualmente, podemos identificar essa diversidade quando no mesmo dia são feitas celebrações para deuses da igreja católica e para divindades de origem africana.

Religiões Afro-brasileiras

As religiões Afro-brasileiras surgiram após a junção da cultura de diversos povos africanos trazidos entre os séculos XVI e XIX. Elas possuem influências de religiões vindas da Europa, como a Catolicismo e o Kardecismo. Além disso, elas possuem características especificas de cada região do país.

Durante os quatro séculos, cerca de 3,5 milhões de africanos chegaram ao Brasil como escravos. Entre eles, povos de etnias: iorubás, fons, maís, hauçás, éwés, axântis, congos, quimbundos, umbundos, macuas, lundas e diversos outros povos, cada qual com sua própria religião e cosmogonia.

Como as religiões foram se formando em diversas regiões e estados do país, elas foram aderindo formas diferentes umas das outras, inclusive os nomes.

As que mais se destacaram na época, assim como nos dias de hoje, são o Candomblé e a Umbanda. Além dessas, outras religiões também possuem características africanas, como Xangô e a Jurema, também conhecida como Catimbó.

Quando se fala em sincretismo no Brasil logo se associa as religiões Afro-brasileiras, pois foram construídas após a colonização.

Candomblé

O Candomblé uma religião regionalizado no Brasil, porém com características trazidas pelos negros da África. Como nessa época a Igreja Católica proibia os rituais africanos, os negros usavam as imagens católicas como símbolo, mas continuavam cultuando seus Orixás, Inquices e Vodus.

Para o Candomblé, os orixás são deuses supremos, possuindo habilidades e personalidades diferentes, assim como as formas de rituais. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento, podendo compartilhá-lo com outro orixá, caso necessário.

Umbanda

A Umbanda é uma junção de diversas religiões que chegaram ao Brasil, como o catolicismo, espiritismo e as religiosidades africana, indiana e indígena. Bastante confundida com o candomblé, a Umbanda possui três princípios básicos que são: fraternidade, caridade e respeito ao próximo.

Seus fundamentos são:

• Existência de um único Deus, supremo e onipotente, conhecido como Zambi, Olorum ou simplesmente Deus;

• Existência dos orixás, seres do Plano Superior que representam, cada um à sua forma, elementos da natureza, do planeta ou das próprias características humanas;

• A mediunidade como forma de comunicação entre as esferas física e espiritual;

• Crença na alma imortal e na reencarnação;

• Crença na Lei Cármica, no qual se baseiam as ações do homem e suas consequências;

Jurema

Jurema, também conhecida como Catimbó Jurema, nasceu da junção ocorrida entre as espiritualidades indígenas, europeia e africana, no século XVI.

Nessa religião, o Exu é a entidade responsável por auxiliar os mestres na realização dos trabalhos. Diferente do que ocorre na Umbanda, onde os Exus possuem entidades distintas, na Jurema há hierarquia onde todas as entidades são subordinadas a autoridade Mestre, que é o Exu.

Os seguidores dessa religião possuem uma grande atuação com as ervas, principalmente com a árvore que deu o nome à religião. Da planta, eles utilizam raízes, cascas e folhas, tudo com o intuito de obter a cura de enfermidades.

A organização das religiões negras no Brasil deu-se bastante recentemente. Quando, nas últimas décadas do século XIX, no período final da escravidão, os africanos trazidos em levas para o Brasil foram assentados nas cidades, puderam viver em maior contato uns com os outros, num processo de interação e liberdade de movimentos que antes não conheciam. A fixação urbana dos escravos forneceu as condições favoráveis à sobrevivência de algumas tradições religiosas africanas, com o aparecimento de grupos de culto organizados.

Exercício

1 - Quais são as duas religiões afro brasileiras mais famosas?

2 - As religiões afro-brasileiras são resultantes principalmente das trocas culturais ocorridas entre as religiosidades dos três grupos que entraram em contato no Brasil: índios, brancos e negros. Em quais condições isso ocorreu?

3 – De que forma os negros usavam as imagens católicas?

4- A Umbanda é uma junção de diversas religiões. Quais seriam?

5- Por que as religiões de matriz africana são o principal alvo de intolerância no Brasil?

6 - Como as religiões de matriz africana foram trazidas para o Brasil?

7. Explique o que é sincretismo religioso:

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Império Bizantino

 Resumo sobre Império Bizantino

O Império Bizantino surgiu logo após a divisão do Império Romano em ocidente e oriente, tornando-se a parte oriental.

Sua capital, Constantinopla, desenvolveu-se por conta das atividades comerciais da região.

O reinado de Justiniano foi o auge do império, quando houve a expansão do seu território e foi criado o Código de Direito Civil.

Sua religião era a Católica Ortodoxa, fruto do Cisma do Oriente, ocorrido em 1054.

Chegou ao fim em 1452, com os turco-otomanos invadindo e tomando Constantinopla.

Origem do Império Bizantino

Em 395 d.C., o Império Romano estava em declínio e o imperador Teodósio propôs uma solução para a crise: dividir o imenso território de Roma em duas partes. Assim, o império foi dividido em ocidente e oriente. Constantinopla, do lado oriental, ganhou importância com essa divisão e se desenvolveu economicamente pelo comércio. Enquanto o Império Romano do Ocidente caia junto à Roma, que era saqueada pelos bárbaros, a parte oriental do império permanecia tendo sua capital sendo chamada de Roma do Oriente.

Antes de ser Constantinopla, a cidade se chamava Bizâncio, e foi fundada pelos gregos em 667 a.C. O Império Romano se expandiu de tal forma que alcançou as terras do Oriente, e as antigas colônias e cidades gregas foram dominadas por Roma. Dessa forma, Bizâncio foi conquistada e anexada ao império. Em 330 d.C., o imperador Constantino decidiu rebatizar a cidade como Constantinopla. Enquanto Roma era tomada pelos bárbaros, fazendo eclodir a parte ocidental do seu imenso império, Constantinopla permanecia praticamente intacta.

Reinado de Justiniano

O Império Bizantino atingiu seu apogeu durante o reinado de Justiniano. De 527 até 565, Justiniano governou o império oriental e tratou de expandir o território bizantino, chegando mesmo a reconquistar o que havia sido perdido pelos romanos ocidentais com a invasão bárbara. As tropas bizantinas reconquistaram Roma, o norte da África e a península Ibérica, que haviam sido conquistados pelos germânicos.

Além da expansão territorial, Justiniano teve o cuidado de preservar as leis romanas. Ele criou o Código de Direito Civil, um compilado das leis elaboradas nos áureos tempos de Roma. Outra área que mereceu a atenção do imperador bizantino foi a cultura. Justiniano investiu na construção de grandes edifícios, como o palácio imperial e a Igreja de Santa Sofia.

Justiniano enfrentou a Revolta de Nika, em 532. As causas das revoltas foram a fome, a falta de moradias e os altos impostos pagos pela população. O estopim desse conflito foi o resultado de uma corrida de cavalos que aconteceu no hipódromo de Constantinopla. Houve uma dúvida quanto ao cavalo vencedor na corrida. Não se sabia se o vencedor era Niké, para o qual a população torcia, ou o cavalo da equipe do imperador. Isso fez com que a revolta que se sentia com as condições sociais se materializasse no questionamento do resultado da corrida. As tropas de Justiniano, no entanto, conseguiram controlar a agitação.

Em 565, Justiniano morreu, e com ele acabava o período áureo do Império Bizantino. Seus sucessores não conseguiram manter as conquistas do imperador, e logo os bizantinos perderam os territórios conquistados.

Características do Império Bizantino

Governo no Império Bizantino

O governo bizantino se concentrava nas mãos do imperador. Ele detinha o poder absoluto. O Senado perdeu sua força política e se tornou apenas um conselho honorário. A burocracia do império se estabeleceu por meio da concessão de títulos aos nobres. Como o poder emanava do imperador, os trabalhadores da administração imperial também tinham seus poderes e os cargos públicos eram cobiçados.

Constantinopla se tornou não apenas a capital do Império Bizantino mas o principal centro comercial do Oriente. A sua posição geográfica privilegiada estabelecia uma grande rede comercial, havendo negociações com várias partes do mundo, como o norte da África, a Europa e a Ásia. Enquanto Roma se esvaziava após as constantes invasões bárbaras e a Europa Ocidental se ruralizava e se dividia em milhares de feudos, o Oriente tinha em Constantinopla sua principal referência.

O Estado Bizantino controlava as atividades comerciais por meio de importações e exportações bem como pelo sistema monetário. Em épocas de crise, o imperador intervinha na economia para que o abastecimento de alimentos chegasse até a capital.

Religião no Império Bizantino

O imperador bizantino teve papel ativo nas atividades eclesiásticas. Ele era o pontífice máximo e considerado o mensageiro de Jesus Cristo e responsável pela propagação da mensagem cristã. Surgia assim o cesaropapismo, ou seja, o imperador era chefe político e da Igreja. A crise de Roma fez com que Constantinopla se transformasse no centro da cristandade. A doutrina cristã estava atrelada às ordens do imperador, que publicava decretos regulando sobre a crença dos seus súditos.

A questão da veneração das imagens foi uma das grandes polêmicas religiosas do Império Bizantino. A Igreja Oriental não admitia a veneração às imagens de santos, e os ícones deveriam ser bidimensionais. Por conta dessa disputa, várias imagens foram destruídas.

O Cisma do Oriente foi a primeira divisão na cristandade. As disputas entre o papa e o imperador bem como as diferenças de dogmas cristãos pregados por ocidentais e orientais fizeram com que romanos e bizantinos se separassem em 1054. Além da Igreja Católica Romana, surgia no Oriente a Igreja Católica Ortodoxa.

Arte no Império Bizantino

A arte bizantina teve influência do cristianismo em suas produções. Com o poder do imperador atingindo o âmbito religioso, ele também se tornou uma figura marcante e presente nas obras artísticas feitas no império. Nas pinturas, o imperador era retratado ao lado da figura de Jesus Cristo, uma alusão a ele ser o mensageiro entre os homens e o céu.

Uma das principais características dessa arte é a frontalidade — figuras eram representadas em posição frontal e rígida.

Sociedade no Império Bizantino

A sociedade bizantina era patriarcal e não abria espaço para a participação das mulheres, que eram a metade da população. As classes sociais eram os pobres, os camponeses, os soldados e os comerciantes. Os integrantes da Igreja Ortodoxa tinham participação efetiva na administração do império. Os funcionários públicos gozavam de prestígio na sociedade em razão do cargo que ocupavam na estrutura burocrática do império. 

Declínio do Império Bizantino

O Império Bizantino começou a apresentar sinais de enfraquecimento durante a Baixa Idade Média. As cruzadas eo renascimento comercial desestruturaram as bases do império. Os turco-otomanos, no século XV, expandiram seu território até a Ásia Menor e reduziram o domínio bizantino à Constantinopla. Em 1453, a capital do império foi conquistada pelos invasores.

Exercícios

1- Qual a capital do Império Bizantino?


2- Motivo de se chamar assim? 


3- Qual o o outro nome formal do Império Bizantino


4- Qual o idioma falado no Império Bizantino


5. Onde fica atualmente a cidade de Constantinopla? 


6- Quem conquistou o Império Bizantino


7- Quando ocorreu a Queda de Constantinopla


8- Qual foi a Igreja do Império Bizantino após a Cisma do Oriente? 


9- Qual relação entre os bizantinos e os romanos? 


10- O Império Bizantino pode ser considerado uma extensão do Império Romano?


11. Na cultura bizantina, de onde receberam influência?


12. Com uma economia dinâmica a fama de Constantinopla se devia principalmente ao seu comércio. ela era conhecida como:


A)porta do Ocidente. 

B)porta da Europa. 

C)porta do Oriente. 

D)porta da Asia​


13. Qual é o cargo mais alto da Igreja Bizantina?


A) Papa.

B) Patriarca.

C) Padre.

D) Bispo.​


14. Qual é a expressão máxima da arte bizantina? 


A) Mosaicos

B) Pinturas

C) Templos

D) Esculturas


15. Cite duas características do governo de justiniano.