Civilizações pré-colombianas
MAIAS, INCAS E ASTECAS
OS MAIAS: Desenvolveram sua
civilização na América Central, em territórios que hoje compreendem o sul do
México, a Guatemala, Belize e Honduras, chegando a expandir sua influencia para
áreas ao norte, localizadas na região central do
México. Os antepassados mais antigos dos maias viviam na costa do
Oceano Pacífico, já por volta de 1800 a.C. Eram sedentários e produtores de
vasos cerâmicos, espalhado sua civilização, pouco a pouco, por uma imensa área
da América Central. A partir de 250 D.C., as cidades maias
floresceram, até por volta do ano 900 d.c. – o que corresponde ao que foi
chamado de Período Clássico, caracterizado pelo desenvolvimento da agricultura
e pela formação de muitas cidades planejadas, como Copán, Palenque e Tikal.
Nessas cidades, as construções foram se tornando cada vez mais complexas, com
destaque para templos e pirâmides.
As
cidades do Período Clássico foram sendo abandonadas no século IX d.C., não se
sabe ainda, ao certo, por que, mas a maioria dos estudiosos considera que pode
ter sido em conseqüência de fortes mudanças climáticas, que provocaram o
resfriamento de amplas áreas no Hemisfério Norte. Por causa de
mudanças, teria havido o esgotamento agrícola na região, agravando as dificuldades
econômicas, que provocaram muitas lutas internas. O período pós-clássico
(século X-XVI) testemunhou o florescimento de centros mais ao norte, no
Yucatán, como Chichén Itzá. Finalmente, os Maias defrontaram-se com os
conquistadores espanhóis, tendo sido por eles catequizados, embora tenham
mantido sua língua e outros traços culturais, o que se comprova pelo fato de,
até hoje, a população dessas regiões maias falar o antigo idioma e preservar
muitos costumes e tradições milenares.
Os
maias desenvolveram um sofisticado sistema de escrita, usando ideogramas e
sinais silábicos para grafar e registrar os acontecimentos, suas crenças e
cálculos astronômicos. Sobre a observação dos astros, os conhecimentos
desenvolvidos pelos maias impressionam os estudiosos até hoje, por sua grande
precisão, havendo quem afirme que nunca antes, em outra civilização, os
fenômenos astronômicos haviam sido observados com tanta acuidade. Um
dos motivos dessa preocupação com os astros era a motivação religiosa, pois
consideravam que a história humana e natural dependia desses cálculos
preciosos.
OS ASTECAS: Ao norte, no México, a
civilização asteca desenvolveu-se ao redor do Vale do México a
partir do século XIII, com sua capital localizada em
Tenochtitlán. Os astecas expandiram-se em direção ao sul,
conquistando parte da América Central. Só foram derrotados pelos conquistadores
espanhóis, a partir de 1519. A civilização asteca ficou conhecida por seu
ímpeto guerreiro e pelos sacrifícios humanos e canibalismo que realizavam.
Ambas as praticas tinham caráter religioso, mas impressionaram os espanhóis e,
depois, os próprios estudiosos, em razão do elevado número de
pessoas sacrificadas. Contemporâneos espanhóis relataram que os
astecas explicavam tais mortes afirmando que os
europeus se matavam em guerras, enquanto os astecas
sacrificavam os sobreviventes após as batalhas.
OS
INCAS: A
terceira grande civilização americana foi a inca. Os incas formaram o maior
império do continente americano, não havendo, em sua época de esplendor,
qualquer reino europeu que a ele se equiparasse. Sua formação data do século
XIII d.C., na região dos Andes, com capital em Cuzco, abrangendo um território
que, de norte a sul, estendia-se da atual Colômbia até a Argentina, com seu centro
no Peru. O grande Império Inca espalhou-se por áreas montanhosas, mantendo as
comunicações por um sistema de estradas único - considerado por
alguns pesquisadores como o melhor do mundo, em sua época, por onde passavam
pessoas, animais de carga e transporte. Até as trilhas indígenas do Brasil
estavam conectadas com essas vias. Pavimentadas, as estradas incas tinham
escadas e pontes de madeira e corda, já que a roda nunca foi usada no
continente americano, até a chegada dos europeus. Para administrar esse
imenso império, os incas também inventaram um sistema de escrita diferente de
todos os outros conhecidos. Eram usados cordas e nós, chamados
de quipos, cuja descrição chegou até os espanhóis, que os
destruíram quase todos, de modo que, ao contrario da escrita maia, a inca
não pode ser decifrada. Mesmo assim, a língua desse povo, o quícha,
continua sendo falada até os dias de hoje. Pela imensidão do império, seu
idioma e sua cultura forma difundidos para muito além de suas dilatadas
fronteiras. Por exemplo, a palavra “garoa”, usada no sul do Brasil e na
Argentina, áreas muito distantes do antigo Império Inca, é o idioma quíchua e
significa “chuvisco”.
Assim
como os maias e os astecas, os incas também acabaram derrotados pelos
espanhóis, no século XVI, mas, no caso deles, a conquista foi mais lenta do que
nas terras menos montanhosas ocupadas pelos outros dois povos. Nos
Andes, o último rei inca, Túpac Amaru, foi capturado apenas em 1572. O Império
Inca deixou de existir, mas o idioma e a cultura dos quíchua continuaram
em uso e se fundiram com os dos espanhóis.
Responda:
- Como se caracteriza o período clássico dos Maias?
- Porque os Maias se preocupavam em
registrar acontecimentos astronômicos?
- Como ficou conhecida a civilização
Asteca?
- Onde ficava localizada a capital dos
Astecas?
- Das três civilizações citadas no texto,
qual a que desenvolveu o maior império do continente americano?
- Explique a escrita quipo:
- Comente sobre as estradas Incas:
- A palavra “garoa” vem do idioma quíchua
dos Incas. O que significa?
- Que povo europeu dominou as civilizações
pré- colombianas?
- Qual foi o ultimo rei inca a ser
capturado pelos espanhóis?
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